Alagoanos que nos orgulham- Agosto

MESTRA HILDA
Hilda Maria da Silva, também conhecida como a Dama do Coco de Alagoas, foi uma das mais carismáticas e queridas mestras populares de nossos folguedos. Nascida e criada no município de Rio Largo, vizinho à Maceió, trabalhou como operária em diversas tecelagens para sustentar sua família e manter viva a tradição do folclore alagoano.

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Mestra Hilda

Numa época em que pouco se valorizava essas tradições culturais, ela ousou criar um grupo para dançar os ritmos que mais gostava: o coco de roda alagoano, também conhecido por pagode.

Dançava por puro prazer e dedicou 46 anos de cantoria à frente dessa tradição, iluminando com seu sorriso os palcos por onde se apresentava. Na maioria das vezes, custeava com seu salário de tecelã aposentada as roupas e os acessórios que vestiam os componentes de seus grupos artísticos.

Morreu aos 89 anos, em agosto de 2010, no mês do folclore. Um ano antes, havia recebido do Ministério da Cultura o PRÊMIO CULTURAS POPULARES.

MESTRA VIRGÍNIA
Exemplo de mulher e cidadã nordestina, Virgínia de Moraes nasceu em 1916, em Rio Novo, cidade de Maceió. Enquanto viveu dedicou toda sua energia criativa na luta anônima pela valorização do folclore de Alagoas.

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Mestra Virgínia

Mestra de reisado, rezadeira, benzedeira, parteira de profissão, autora e intérprete de belíssimos momentos da poesia e da música popular tradicional alagoana, comandou o grupo de reisado Três Amores. Autêntica e ingênua encantava pesquisadores, professores, folcloristas, etnomusicólogos e, principalmente, o público, com suas músicas singelas e bem inspiradas.

Viveu até os 98 anos, dançando o seu Reisado.