Há crianças mais geniosas, outras mais tranquilas. Existem pais mais firmes, outros coração mole. Por isso, a maneira de estabelecer limites que funciona para um, pode não funcionar para o outro. Cabe aos pais descobrir como seu filho reage melhor! Confira abaixo alguma dicas:
Rotina
É o momento de mostrar quais são as regras da casa, desde bebê. Saber que, todos os dias, ele vai tomar banho e dormir no mesmo horário, por exemplo, já é um primeiro contato com limites. Só não precisa ficar neurótico e deixar de ir ao aniversário de um amigo no sábado para não atrasar o horário do banho. Permitir-se sair da rotina de vez em quando é saudável para que a criança aprenda a se adaptar em diferentes circunstâncias.
Firmeza
Ao conversar com a criança, olhe nos olhos dela e seja firme, mas sem alterar o tom de voz, pois ela responde mais ao modo como falamos do que às palavras propriamente ditas.
Combinado
É válido em qualquer situação! O recurso é o preferido do professor universitário Luis Mauro Martino, pai de Lucas, 2 anos. “Outro dia ele estava indo para escola e queria comer sanduíche no caminho. Então, eu disse: ‘Vamos primeiro para a escola e na volta a gente come um sanduíche, combinado?’. Ele imediatamente ficou feliz e falou: ‘Combinado’. É assim que vem aprendendo que não pode ter tudo o que quer”, conta.
Exemplo
Quando se fala em limites, o exemplo é fundamental. Se o seu filho está gritando, pare e preste atenção: alguém no círculo social dele deve fazer o mesmo.Quando você respeita o próximo e as regras sociais, ele também o fará com mais facilidade. Por isso, nada de furar a fila, parar na faixa de pedestres ou xingar no trânsito!
Mesmo discurso
Os limites que você dá para seu filho podem ser diferentes dos que seus irmãos dão para os deles. Afinal, isso depende da cultura, da crença e do jeito de cada um encarar a vida. Por isso, cabe deixar claro, principalmente para tios e avós, quais são as suas regras e pedir para que elas sejam respeitadas.Quando seu filho questionar essas diferenças, explique suas escolhas.
Castigo
Deve estar de acordo como erro e a personalidade da criança, além da idade. Para algumas, fazmais efeito deixar no quarto por algum tempo, para outras, é tirar o brinquedo preferido. Mas um aspecto não há o que discutir: violência só reprime, não educa. A analista de sistemas Michele Rodrigues, mãe de Pedro, de 3 anos, aprendeu isso na prática. Ela era adepta da palmada e achava exagero quando falavam que era uma agressão. Porém, começou a reparar que Pedro estava ficando violento. “Eu não queria aquilo. Passei a ler sobre o assunto, a controlar minha própria raiva e compreender os motivos dos ataques de birra dele”, diz. Agora, ela se afasta, se acalmae então conversa com ele de maneira tranquila – e já vem notando melhoras no filho.
Reforço positivo
Elogiar sempre funciona (e é muito mais gostoso do que receber uma crítica, não é?). Não aponte só os erros, lembre-se de valorizar os acertos. Se o seu filho não guardou os brinquedos hoje como você pediu, repreenda-o. Mas se amanhã guardar tudo, faça festa! Você verá a alegria nos olhos dele ao ver que foi reconhecido.
Não é não, e ponto
Quando o que está em jogo é a integridade física da criança, como pôr o dedo na tomada ou mexer no fogão, não há o que discutir, certo? É aí que entramos incansáveis “nãos” – não é à toa que, muitas vezes, a primeira palavra que a criança aprende a falar é essa. Vale insistir e desviar a atenção dela para um brinquedo que goste, por exemplo. Esse “não” deve continuar conforme a criança cresce. É o caso de não correr para a rua sozinho, não aceitar presentes de estranhos e não se expor demais na rede social. São situações em que você até vai explicar os motivos, mas não é não, sem grandes discussões.
Fonte: revistacrescer.globo.com