Aurélio Buarque de Holanda
Nascido no ano de 1910, no município de Passo do Camaragibe, litoral norte de Alagoas, ele viveu parte de sua adolescência na capital, Maceió. Aos 15 anos, já dava aulas como professor particular para jovens e adultos. Na juventude escolheu estudar Direito pela Faculdade do Recife e aos 28 anos foi morar no Rio de Janeiro, onde continuou a exercer o magistério, atuando como professor de Português e Literatura Brasileira.
O amor pelas palavras e pela língua portuguesa o levou a estudar e pesquisar o idioma durante toda sua vida com o objetivo de lançar seu próprio dicionário. Em 1975, publicou o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, conhecido até hoje como Dicionário Aurélio ou Aurélio. Mas modesto como demonstrou ser, proibiu que se incluísse em sua obra, o verbete “Aurélio” como sinônimo de dicionário.
Escritor, publicou inúmeros contos e artigos, integrou a Associação Brasileira de Escritores e tornou-se imortal pela Academia Alagoana de Letras. Viveu até os 79 anos, escrevendo e pesquisando novas palavras para seus dicionários.
Jorge de Lima
Ele nasceu no município de União dos Palmares, no dia 23 de abril de 1893, e foi batizado com o nome de Jorge Mateus de Lima. Ainda menino mudou-se com a família para a cidade de Maceió. Anos mais tarde, para estudar Medicina, foi viver em Salvador e depois no Rio de Janeiro, de onde retornou médico formado aos 21 anos de idade.
A paixão pelos livros logo revelaria um novo caminho. Escrevendo poesias, Jorge voltou a morar na capital alagoana, e no ano de 1915, conciliava a profissão de médico com a política e a literatura. Ao longo de sua vida também atuou como pintor, tradutor, deputado estadual e escritor. Tornou-se um poeta modernista. Publicou 10 livros e participou de diversas exposições artísticas.
Nos anos 30 mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro, montou um ateliê na Cinelândia, onde recebia os intelectuais daquela época. No espaço, reuniam-se nomes importantes como os escritores José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Murilo Mendes.
Em 1952, publicou seu livro mais importante, o épico A invenção de Orfeu. Um ano depois, pouco antes de sua morte, gravou poemas para o Arquivo da Palavra Falada, órgão da Biblioteca do Congresso de Washington, nos EUA.