Alagoanos que nos orgulham

Em 2015 homenageamos 22 alagoanos cujas trajetórias de vida sempre estiveram em sintonia com o planeta e com seus semelhantes, por respeitarem suas raízes e cultura, além de dedicar o melhor de si no seu fazer diário, influenciando a formação de um povo e escrevendo uma história digna de ser contada às novas gerações. Em dezembro os homenageados são Pontes de Miranda e Elinado Barros. Conheça um pouco mais sobre eles:

Pontes de Miranda
Jurista, filósofo, matemático e escritor, Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, nasceu em Maceió, no dia 23 de abril de 1892. Na infância revelou inteligência precoce. Aos sete anos lia fluentemente em francês e português, aos 16 anos ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Algum tempo depois escreveria, à mão, seu primeiro livro, intitulado: “À Margem do Direito”, bastante elogiado pelo jurista Ruy Barbosa.

Sua trajetória como escritor inclui mais de 300 obras publicadas no Brasil e no mundo. Chegou a criticar alguns pontos da teoria de Albert Einsten, quanto a sua afirmação sobre o encurvamento do espaço, tendo o próprio Einsten sugerido que Pontes de Miranda escrevesse uma tese sobre Representação do Espaço e a enviasse para o Congresso Internacional de Filosofica, que se reuniria em Viena, em 1924.

Na era Hitler, foi convidado para ser embaixador da Alemanha, mas recusou por ser contra as ditaduras. Foi professor honoris causa de diversas universidades brasileiras, também nomeado desembargador do antigo Tribunal de Apelação do Distrito Federal e embaixador do Brasil na Colômbia. Por sua dedicação às questões do Direito é, ainda hoje, o parecerista mais citado nas causas da justiça brasileira. Em 1979, foi nomeado membro da Academia Brasileira de Letras. Sua biblioteca pessoal com mais de 16 mil volumes, hoje integra o acervo do Supremo Tribunal Federal.

Morreu aos 87 anos, na cidade do Rio de Janeiro, dedicando-se à pesquisa em suas três bibliotecas que possuíam mais de 90 mil livros.

 

22 Pontes de Miranda

 

Elinaldo Barros
Nascido no município de Maceió, em 23 de dezembro de 1947, este professor alagoano sempre se destacou como mestre e amigo conselheiro de seus alunos. Ajudou a formar gerações de estudantes na cidade de Maceió, onde lecionou em escolas de ensino médio e nível superior.

A admiração pelo cinema, cultivada desde a infância, acabaria por se revelar como um novo horizonte criativo. Sua trajetória no circuito audiovisual é rica e atuante. A partir dos anos 60, estreou como crítico, no papel de colunista e colaborador de diversos jornais. Assim, o professor de Educação Artística e Inglês se tornaria autor de diversos livros publicados sobre o tema: Panorama do Cinema Alagoano (1983), Cine Lux: Recordações de um Cinema de Bairro(1987) e Rogato, A Aventura do Sonho das Imagens em Alagoas.

Sempre inquieto e preocupado com as questões de nossa cultura, participou ativamente dos palcos da música e do teatro, encenando e organizando festivais populares. Atualmente, além de dedicar-se à organização das sessões de arte e pesquisar sobre cinema, apresenta um quadro na TV Pajuçara, no qual faz comentários sobre filmes recém-lançados. Para homenageá-lo, a faculdade Cesmac, onde também atuou como professor de Cinema do curso de Jornalismo, criou uma cinemateca e auditório que leva o seu nome.

 

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