Projeto Pé de Caju

imagem 003

Fotos: Diário Virtual da professora Cristiane Sanches

Como atividade do Projeto Pé de Caju, os alunos do Jardim II utilizaram palitos chinês, blocos pequenos de madeira e brinquedos educativos para reproduzir a marcação rítmica e corporal de uma canção.

Durante a aula foi trabalhada a canção Minha Sereia, do compositor Carlos Moura, onde os alunos utilizaram copos para marcar o pulso da canção e iniciar o treino rítmico. Na formação de roda foi trabalhado a expressão facial e gestual da canção folclórica Engenho Novo e da canção alagoana Roda de Sol, também de Carlos Moura.

No final, as crianças participaram de momento de relaxamento e aprendizado da melodia e da letra da canção.

Produção de texto: crônica

Durante o projeto de leitura, desenvolvido no primeiro trimestre, alunos dos 5ºs anos estão conhecendo um pouco mais sobre a crônica, gênero textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano.

Na aula de produção de texto, as professoras leram  ‘Emergência’, de Luisa Fernando Veríssimo e “A velha contrabandista”, de Sérgio Porto e em seguida os alunos fizeram uma releitura dessas crônicas.

IMG_5325

 

 

 

 

Projeto Na era dos dinossauros

Entre os projetos que serão abordados durante o primeiro trimestre, os alunos do 1º ano irão conhecer um pouco mais sobre os dinossauros no projeto Na Era dos Dinossauros, na área de Natureza e Sociedade, que tem como objetivo estimular os alunos a formular e confrontar hipóteses sobre as várias questões que cercam os dinossauros; fazer relações com espécies de animais que conhecem; começar a compreender e situar a existência dos dinossauros no tempo, através de aproximações e comparações com eventos que eles conhecem como, por exemplo, existência do homem; conhecer alguns termos científicos e apropriar-se deles (como por exemplo: jurássico, triássico, cretáceo, carnívoro, herbívoro);

11045741_782510198498806_1693499193_o

Nesse projeto os alunos irão estudar algumas espécies de dinossauros de acordo com:

– O nascimento dos filhotes? (Vivíparos ou ovíparos)
– A alimentação (Carnívoros e herbívoros)? Era igual para todas as espécies?
–  Hipóteses acerca do desaparecimento da espécie no planeta.

11065330_782510188498807_1850325225_o

Entre as atividades que serão realizadas, os alunos farão leitura e e discussão de textos científicos e informativos; levantamento de conhecimento prévio; produção de textos individuais e coletivos; assistirão documentários e filmes e no final do projeto será realizado um seminário sobre o tema.

Veja mais sobre todos os Projetos Pedagógicos do primeiro trimestre nos informes da agenda!

Aprendendo com material dourado

Os alunos do 1º ano B tiveram primeiro contato com o material dourado, recurso que será utilizado durante todo o ano em muitas aulas de matemática.

Com o material dourado a criança aprende inúmeros conceitos matemáticos como base 10, agrupamentos, cálculos mentais, noções de unidade, dezena e centena, frações, cálculo de áreas e volumes.

11064196_782510061832153_2145561030_o

 

IMG_5430

Com a utilização do material dourado, as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.

Veja fotos durante as aulas:

Destaques de Março

Conheça os homenageados da nossa campanha Alagoanos que nos Orgulham: a atriz e diretora Linda Mascarenhas e o ator Paulo Gracindo são as personalidades do mês de março.

LINDA MASCARENHAS

Atriz, diretora e dramaturga, ela nasceu no bairro da Levada, em Maceió, no dia 14 de maio de 1895. Sua vida sempre esteve ligada ao palco e à juventude de Alagoas.  Numa época em que as mulheres sofriam preconceitos por trabalhar, ela ousou se tornar uma atriz profissional e exerceu forte liderança no movimento de teatro amador de Maceió. Ajudou a criar os grupos: Teatro de Amadores de Maceió (1944) e Associação Teatral das Alagoas, ATA, em 1955.

Linda Mascarenhas (fundo branco)

Linda também cruzou as fronteiras de seu estado, atuou em festivais de teatro realizados no Nordeste, Rio de Janeiro e Paraná e iniciou no palco incontáveis atores amadores.
Viveu até os 96 anos e construiu um legado de amor e dedicação ao universo das artes cênicas. Para homenageá-la, foi erguido no bairro do Farol o Espaço Cultural Linda Mascarenhas.

PAULO GRACINDO

Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, nasceu em 19 de julho de 1911, na cidade do Rio de Janeiro, e sempre sentiu orgulho de ser alagoano, estado onde veio morar com a família ainda bebê. O sonho de ser ator de teatro surgiu na infância, mas o menino de Maceió só conseguiu realizá-lo aos 20 anos de idade, quando voltou para a capital carioca. Ao pisar num palco pela primeira vez, ganhou o nome artístico de Paulo Gracindo.

Paulo Gracindo (fundo branco)

Para seguir o chamado do teatro, ele enfrentou tempos difíceis, dormiu na rua e passou fome, mas nunca abandonou seu grande sonho de menino.
Nas décadas de 30 e 40, integrou as maiores companhias teatrais brasileiras, apresentou um programa na Rádio Nacional e fez sucesso com a radionovela O Direito de Nascer. Foi considerado um dos atores preferidos do Cinema Novo. Na televisão interpretou personagens inesquecíveis como o prefeito Odorico Paraguaçu em O Bem Amado, e padre Hipólito, em Roque Santeiro, telenovelas da Rede Globo. Viveu até os 84 anos, na cidade do Rio de Janeiro.

*Texto produzido para a agenda escolar Espaço Educar 2015, Claudia Lins

Lançamento da campanha

Na tarde da última quinta-feira (5), alunos dos 4ºs e 5ºs anos da tarde estiveram presentes no lançamento da campanha Alagoanos que nos orgulham, realizado no auditório da escola Espaço Educar.

Entre os homenageados, estiveram presentes a artista plástica Maria Amélia, o professor e apaixonado por cinema, Elinaldo Barros, a bióloga Flávia Rêgo e familiares de alagoanos ilustres que contribuíram de alguma maneira para o desenvolvimento de Alagoas.

IMG_5202

Durante o evento, foi exibido um vídeo que contava um pouco da história dos homenageados e posteriormente o ilustrador Fellipe Ernesto contou como foi participar da criação dos desenhos da campanha. “Durante o processo de criação, acabei conhecendo um pouco mais da história de cada um de vocês [se referindo aos homenageados] e de certa forma me senti próximo, como se fosse da família”, disse o ilustrador.

“O objetivo dessa campanha é mostrar aos alunos esses alagoanos que construíram e constroem, com dedicação e coragem, capítulos admiráveis na história do nosso Estado”, disse a diretora pedagógica, Conceição Azevedo.

Uma das homenageadas que fez sucesso entre as crianças foi a bióloga Flávia Rêgo, presidente da Associação do Peixe-Boi em Porto de Pedras. “Estou muito feliz com esse reconhecimento. Nós da Associação estamos de braços abertos para receber os alunos e mostrar um pouco do nosso trabalho de perto. Parabéns para a Escola pelo belo trabalho”, disse Flávia.

"A glória do mestre é a vitória do aluno", disse a professora Salete Bulhões
“A glória do mestre é a vitória do aluno”, disse a professora Salete Bulhões

Entre os homenageados da campanha estão Graciliano Ramos, a rendeira Clarice Severiano, Linda Mascarenhas, a professora Salete Bulhões, o artista plástico Delson Uchoa, cineasta Cacá Diegues, o também cineasta e fotógrafo Celso Brandão, as mestras Hilda e Virgínia, a jogadora Marta, o atleta paraolímpico Yohansson Nascimento, a psiquiatra Nise da Silveira.

Veja fotos!

Converse com seu filho!

Você que é pai, mãe, tio, tia ou simplesmente convive com uma criança já deve ter percebido como é difícil iniciar uma conversa com os pequenos. Não é só pela diferença de gerações que as crianças não nos dão muita bola. A nossa incapacidade de dialogar com eles é exclusivamente nossa culpa.

Enquanto adultos, estamos acostumados a ter diálogos diretos com outros adultos e, dependendo da pergunta, um diálogo direto com uma criança nem sempre é bem recebido. Aquela simples pergunta “como foi na escola hoje?” que utilizamos praticamente como um protocolo social para demonstrar interesse em ouvir a criança sempre rende um quase inaudível “foi legal”. E como bons adultos que somos, sempre acreditamos que a criança é tímida ou tem dificuldade de se expressar, como se o problema estivesse na resposta e não na pergunta.

Lembro de ser criança e ouvir de diferentes pessoas as mesmas ladainhas, “nossa, como você cresceu”. Como se o fato de passarmos dois anos sem nos vermos fosse incapaz de mudar alguma coisa em um ser humano em pleno desenvolvimento físico.

(Imagem Internet)
(Imagem Internet)

Claro que estes dois exemplos são apenas 1 dentro mil. Hoje, eu enxergo crianças como verdadeiros mini-adultos em toda sua complexidade de sentimentos. Variam os assuntos, claro, mas o interesse por eles e a disposição para conversar sobre o que consideram importantes são as mesmas das nossas.

Se “foi legal” fosse algum reflexo de falta de personalidade da criança, elas não conversariam entre si, não é verdade? Então, senhores adultos, tratem de saber como despertar o verdadeiro diálogo com uma criança. Abaixo, segue uma lista criada como alternativa para a pergunta mais chata de todas: Como foi na escola hoje?

1. Qual foi a coisa mais legal* que aconteceu hoje na escola? (*bizarra, *chata, *barulhenta, *etc)

2. Conta aí uma coisa que fez você dar risada hoje.

3. Se você pudesse escolher, quem você colocava sentado ao seu lado? Por que? (ou jamais colocaria do seu lado?)

4. Qual é o lugar mais descolado da escola?

5. Qual foi a maior absurdíce que você ouviu alguém falando hoje? (sim, pode inventar umas palavras)

6. Se eu encontrasse com a sua professora no supermercado e perguntasse sobre você, o que será que ela ia dizer?

7. Você ajudou alguém hoje?

8. Se a gente fosse fazer um video dos Vingadores na sua classe, quem a gente colocava como o Hulk? (e vai mudando o personagem)

9. Me ensina alguma coisa que te ensinaram hoje? ( e vai dando de burrão, vai falando “como assim?”, “que demais! Me explica melhor vai”, essa sempre foi minha preferida. Acho que até hoje meu filho me acha o maior ignorante do mundo)

10. Qual foi a parte mais bacana do dia, que você ficou mais feliz?

11. Teve alguma hora que você virou uma gelatina de tanto tédio?

12. Se aparecesse um disco voador para sequestrar alguém, pra quem você apontava?

13. Com quem você gostaria de brincar no recreio mas nunca brincou?

14. Me conta uma coisa bem bem boa que aconteceu hoje.

15. Qual você acha que é a palavra preferida da sua professora? Uma que ela vive falando?

16. Se você ganhasse a escola de presente e virasse o dono de tudo, o que você faria?

17. E o que você ia cancelar do que tem hoje? tem alguma coisa?

18. Quem é a pessoa mais engraçada da sua classe? Me conta uma palhaçada que ela fez hoje.

19. Se você fosse convidado para ser o professor amanhã, durante o dia inteiro, o que você faria?

20. De todos os que estão lá dentro do seu estojo, quem é que trabalha mais? Por quê?

Fonte: http://www.repertoriocriativo.com.br

Expo Graciliano e Clarice

Selecionadas (1)

 Durante as aulas de artes, alunos do Ensino Infantil e Fundamental produziram uma exposição sobre Graciliano Ramos e Clarisse Severiano, uns dos homenageados da nossa campanha anual- Alagoanos que nos orgulham.

Os alunos assistiram vídeos sobre a vida e conheceram algumas obras do escritor, e com orientação das professoras Maria e Tácia, produziram maquetes usando argila, técnicas de colagem e reciclagem, pinturas com giz de cera na lixa e reproduziram peçam de renda.

ee

A exposição está disponível no hall de entrada da nossa escola.

Confira algumas fotos da exposição!

8 formas de impor disciplina na sua casa

Há crianças mais geniosas, outras mais tranquilas. Existem pais mais firmes, outros coração mole. Por isso, a maneira de estabelecer limites que funciona para um, pode não funcionar para o outro. Cabe aos pais descobrir como seu filho reage melhor! Confira abaixo alguma dicas:

Imagem: Revista Crescer
Imagem: Revista Crescer

Rotina

É o momento de mostrar quais são as regras da casa, desde bebê. Saber que, todos os dias, ele vai tomar banho e dormir no mesmo horário, por exemplo, já é um primeiro contato com limites. Só não precisa ficar neurótico e deixar de ir ao aniversário de um amigo no sábado para não atrasar o horário do banho. Permitir-se sair da rotina de vez em quando é saudável para que a criança aprenda a se adaptar em diferentes circunstâncias.

Firmeza
Ao conversar com a criança, olhe nos olhos dela e seja firme, mas sem alterar o tom de voz, pois ela responde mais ao modo como falamos do que às palavras propriamente ditas.

Combinado
É válido em qualquer situação! O recurso é o preferido do professor universitário Luis Mauro Martino, pai de Lucas, 2 anos. “Outro dia ele estava indo para escola e queria comer sanduíche no caminho. Então, eu disse: ‘Vamos primeiro para a escola e na volta a gente come um sanduíche, combinado?’. Ele imediatamente ficou feliz e falou: ‘Combinado’. É assim que vem aprendendo que não pode ter tudo o que quer”, conta.

Exemplo
Quando se fala em limites, o exemplo é fundamental. Se o seu filho está gritando, pare e preste atenção: alguém no círculo social dele deve fazer o mesmo.Quando você respeita o próximo e as regras sociais, ele também o fará com mais facilidade. Por isso, nada de furar a fila, parar na faixa de pedestres ou xingar no trânsito!

Mesmo discurso
Os limites que você dá para seu filho podem ser diferentes dos que seus irmãos dão para os deles. Afinal, isso depende da cultura, da crença e do jeito de cada um encarar a vida. Por isso, cabe deixar claro, principalmente para tios e avós, quais são as suas regras e pedir para que elas sejam respeitadas.Quando seu filho questionar essas diferenças, explique suas escolhas.

Castigo
Deve estar de acordo como erro e a personalidade da criança, além da idade. Para algumas, fazmais efeito deixar no quarto por algum tempo, para outras, é tirar o brinquedo preferido. Mas um aspecto não há o que discutir: violência só reprime, não educa. A analista de sistemas Michele Rodrigues, mãe de Pedro, de 3 anos, aprendeu isso na prática. Ela era adepta da palmada e achava exagero quando falavam que era uma agressão. Porém, começou a reparar que Pedro estava ficando violento. “Eu não queria aquilo. Passei a ler sobre o assunto, a controlar minha própria raiva e compreender os motivos dos ataques de birra dele”, diz. Agora, ela se afasta, se acalmae então conversa com ele de maneira tranquila – e já vem notando melhoras no filho.

Reforço positivo
Elogiar sempre funciona (e é muito mais gostoso do que receber uma crítica, não é?). Não aponte só os erros, lembre-se de valorizar os acertos. Se o seu filho não guardou os brinquedos hoje como você pediu, repreenda-o. Mas se amanhã guardar tudo, faça festa! Você verá a alegria nos olhos dele ao ver que foi reconhecido.

Não é não, e ponto
Quando o que está em jogo é a integridade física da criança, como pôr o dedo na tomada ou mexer no fogão, não há o que discutir, certo? É aí que entramos incansáveis “nãos” – não é à toa que, muitas vezes, a primeira palavra que a criança aprende a falar é essa. Vale insistir e desviar a atenção dela para um brinquedo que goste, por exemplo. Esse “não” deve continuar conforme a criança cresce. É o caso de não correr para a rua sozinho, não aceitar presentes de estranhos e não se expor demais na rede social. São situações em que você até vai explicar os motivos, mas não é não, sem grandes discussões.

Fonte: revistacrescer.globo.com

Brincadeiras no parque de areia

Esse ano, com a ampliação do parque de areia do pátio das árvores, os alunos dos Maternais II e Jardins I se divertem por meio de atividades  e brincadeiras ao ar livre.

Nessas atividades, as crianças ampliam as noções de ordem para entrar no parque, brincam de fazer bolo de areia, participam de jogos simbólicos por meio das brincadeiras de faz de conta, trocam experiências ricas tanto para o conhecimento de mundo  como para formação pessoal e social.

Durante as brincadeiras no pátio de areia, as crianças ficam sob a supervisão da professora e/ou auxiliares de turma.

Destaques de Fevereiro

Conheça os homenageados da nossa campanha Alagoanos que nos Orgulham: o escritor Graciliano Ramos e a rendeira Clarice Severiano são as personalidades do mês de fevereiro.

Texto produzido para a agenda escolar Espaço Educar 2015, Claudia Lins

Graciliano Ramos

No dia 27 de outubro de 1892 a pequena Quebrangulo, no interior de Alagoas, via nascer seu cidadão mais ilustre. Mas naquela cidadezinha, escondida entre os montes, Graciliano só viveria até os três anos de idade. Logo sua família partiria em busca de oportunidades no sertão de Pernambuco. Na nova casa, numa fazenda no meio da caatinga, ele cresceu em meio a uma natureza selvagem, descobrindo um mundo difícil e áspero. A escola rural trouxe duras lições ensinadas na base da palmatória, o tempo da seca fez o menino chorar de sede, mas também o ensinou a ver o mundo com olhos de transformação.

O escritor Graciliano Ramos, ilustração do alagoano Fellipe Ernesto
O escritor Graciliano Ramos, ilustração do alagoano Fellipe Ernesto

Alguns anos depois, a família foi viver na cidade de Buíque (PE), onde o pai, seu Sebastião, tornou-se comerciante de tecidos. Graciliano cresceu tímido, imaginando muitas histórias e desejando a sorte dos moleques que podiam brincar na rua com seus carrinhos de lata. Não se dava muito bem com as cartilhas e letras, incomodava os adultos com suas perguntas e sofria com uma doença nos olhos que o fez ficar anos longe da escola.

A vida começou a mudar de verdade, quando a família voltou para Alagoas, desta vez fincando raízes na cidade de Viçosa. Na adolescência descobriu um tesouro: a biblioteca de seu Jerônimo, onde aprendeu a gostar de ler e não parou mais de devorar livros. Aos 12 anos fundou seu próprio jornalzinho. Aos 14, já escrevia para jornais e revistas de Maceió e do Rio de Janeiro, na época capital do Brasil. Homem feito e com família, virou escritor reconhecido nacionalmente, elegeu-se prefeito do município de Palmeira dos Índios. Sua passagem pela política virou símbolo de honestidade para os brasileiros, pois seu relatório de prestação de contas inspiraria no futuro a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Escreveu os livros: Caetés (1933), São Bernardo (1934), Angústia (1936), Vidas Secas (1938), A terra dos Meninos Pelados (1939), Infância (1945), Insônia (1947) e Memórias do Cárcere (1953), publicado no mesmo ano de sua morte.

Clarice Severiano

Ela nasceu em 16 de outubro de 1934, no município de São Sebastião. Ainda menina aprendeu com a mãe o ofício de rendar. As mãos, sempre talentosas e determinadas a fiar sobre o tecido rústico, criaram inúmeras peças de rendedê, um tipo de artesanato que ela ajudou a popularizar em sua região.

Dona Clarice, como era conhecida na associação das rendeiras de sua comunidade, se orgulhava dos desenhos que transformava em pontos padronizados e davam identidade a renda produzida em São Sebastião. Graças a seu trabalho como mestra artesã, a cidade onde nasceu foi condecorada com o título de a “Capital dos bilros de Alagoas”.

A rendeira Clarice Severiano, ilustração Fellipe Ernesto
A rendeira Clarice Severiano, ilustração Fellipe Ernesto

Enquanto viveu e cultivou sua arte, foi tecendo o destino de sua gente, repassando a gerações de mulheres a tradição herdada dos antepassados. Filhas, netas e vizinhas, com ela aprenderam a rendar. Participou de oficinas transmitindo seus conhecimentos para mulheres de outras regiões do estado. No ano de 2008, recebeu o título de Patrimônio Vivo da Cultura de Alagoas, integrando a lista de mestres da cultura popular imaterial.

Morreu aos 70 anos, mas sua história continuará viva, enquanto persistir a tradição da renda de bilro.